quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fragmento de grande cometa quase se chocou contra o Sol


Satélite mostrou rota de colisão contra o astro-rei

Registrado pelo telescópio espacial SOHO em 10 de maio de 2011. Crédito: NASA/ESA

Quem acompanha as imagens do telescópio

espacial SOHO (Observatório Solar e Heliosférico) foi surpreendido na terça-feira (10) por um verdadeiro espetáculo, digno dos filmes de ficção científica. Durante várias horas os espectadores puderam assistir a uma ve

rdadeira tragédia anunciada, que mostrou um gigantesco cometa sendo tragado e destruído pelo Sol. Clique aqui para ver a animação.


As imagens foram captadas pelos instrumento

s LASCO C2 e LASCO C3, dois coronógrafos a bordo do telescópio europeu SOHO, que monitora o Sol 24 horas por dia. As cenas são impressionantes e mostram as últimas horas de um grande fragmento cometário, atraído e aprisiona

do pela força gravitacional do Sol.

Na seqüência de imagens mostradas, um objeto da família de cometas rasantes Kreutz avança em direção ao nosso astro, dando a impressão de que vai se chocar contra ele. O cometa parece efetuar uma ligeira curva, ao mesmo tempo em que sua cauda parece crescer e brilhar ainda mais. Em seguida, desaparece atrás do anteparo do coronógrafo.

Apesar de parecer um choque iminente, o cometa não atingiu a superfície do Sol.Formado de gelo e poeira, o objeto sublimou completamente antes que pudesse atingi-lo. Sublimação é o fenômeno q

ue ocorre quando um material passa imediatamente do estado sólido para o estado gasoso. Esse mesmo processo, combinado com a ação dos ventos solares é o responsável pela formação da cauda do cometa.

Operado conjuntamente pelas Agências Espaci

ais Norte-Americana (NASA) e européia (ESA), o telescópio espacial

SOHO foi lançado em dezembro de 1995, com o objetivo de estudar a estrutura interna do Sol, a camada mais externa de sua atmosfera e a origem do vento solar.

Desde seu lançamento, o SOHO havia permitido a observação de alguns novos cometas, mas foi somente a partir do ano 2000, quando as imagens enviadas passaram a ser colocadas na internet, que a nova função de descobridor de cometas veio à tona. Quem primeiro fez uso dessa nova ferramenta foi o astrônomo amador norte-americano Mike Oates, que em 2000 encontrou mais de cem cometas da família Kreutz. A notícia se espalhou rapidamente entre astrônomos de todo mundo e em 2002 já era contabilizado 500 cometas descobertos. Em agostos de 2005, o astrônomo amador italiano Toni Scarmato descobriu o milésimo cometa da família, cinco minutos depois de descobrir o 999º cometa com auxílio do satélite.

Kreutz

O objeto registrado pelas lentes do telescópio pertence à família cometária Kreutz, composta de uma série de fragmentos de um grande cometa que se partiu há mais de 2.000 anos. Diariamente, diversos desses fragmentos passam próximo ao Sol e

se desintegram, mas como a maioria é muito pequena, acabam passando despercebid

os. Ocasionalmente, alguns pedaços maiores chamam a atenção e são registrados pelo telescópio e vistos pelos observadores. Os objetos da família Kreutz foram assim batizados após terem sido descobertos, no século 19, por um jovem astrônomo chamado Dirk Peeters Kreutz.

Portal da Ufologia Brasileira, link: http://www.ufo.com.br/noticias/fragmento-de-grande-cometa-quase-se-chocou-contra-o-sol


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